dição e revisão: Marsel Botelho
A caixa mágica que transmite vida
Começo
esse texto aguçando a memória dos queridos leitores que levantam junto com a
cidade efervescente de São Paulo e folheiam o jornal em busca de informação. Quantos
de vocês já tiveram um “radinho de pilha” ou mesmo um rádio-móvel ligado 24
horas em casa? Hoje, temos as rádios em aplicativos nos celulares, fazendo o velho
“radinho” pedir aposentadoria: “O rádio nasceu no Brasil, oficialmente, em 7 de
setembro de 1922, nas comemorações do centenário da Independência do país.
Roquette Pinto, um médico que pesquisava a radioeletricidade para fins
fisiológicos, acompanhava tudo e, entusiasmado com as transmissões, convenceu a
Academia Brasileira de Ciências a patrocinar a criação da Rádio Sociedade do
Rio de Janeiro, que viria a ser a PRA-2. A rádio só começou a
operar, no entanto, em 30 de abril de 1923” (fonte: Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão).
Como
crítico e pesquisador, percebo que os artistas, principalmente os independentes,
enfrentam inúmeros obstáculos para fazer com que seus trabalhos toquem nas
rádios. Mesmo levando o material, há ainda uma certa dificuldade para chegar ao
programador. A música brasileira é riquíssima e está a todo vapor de produção.
Mas em qual rádio tocar? A Rádio USP FM 93.7 e a Rádio Brasil Atual FM 98.9 tocam
esses artistas em suas programações e os recebem em seus estúdios. Em minhas
pesquisas, identifiquei muitas rádios segmentadas: rádios de rock, de sertanejo, de pagode, de música
clássica, assim por diante. Contudo, foi na Rádio Brasil Atual que descobri uma
programação eclética, que toca de tudo, desde que tenha qualidade. Ao
acordarmos, temos a companhia agradabilíssima de Guaracy Junior, que traz o
melhor da música tradicional sertaneja. Vai ao ar de segunda a sábado, das 5 às
7 horas da manhã, ao vivo, o ouvinte ainda pode pedir sua moda de viola
preferida.
Durante
as manhãs, os ouvintes também têm a companhia de Emerson Ramos, que apresenta a
diversidade musical brasileira de todos os tempos, ao vivo, vai ao ar de
segunda a sábado, das 9 às 12h. A menina dos olhos da programação dessa rádio,
destacadamente para os artistas, é o programa Hora do Rango, que recebe todas
as tribos para um bate-papo com o jornalista e produtor musical Oswaldo Luiz
Colibri Vitta. O programa é veiculado de segunda a sexta-feira, das 12 às 14h, reprisado
aos sábados. Às tardes, temos a companhia da bela
jornalista Fabiana Ferraz, com os principais lançamentos, dos independentes aos
já consagrados, de segunda a sábado, das 14 às 19h. Ao vivo. Ainda temos o
Clube do Choro, com o músico Guta do Pandeiro, que reúne o melhor do chorinho, jazz, bossa e MPB. Gravado. Vai ao ar aos
domingos, às 20h, reprise às quartas-feiras, às 21h. 30 minutos de duração.
E
o programa Circuito MPB, apresentado pelo jornalista Dery Nascimento, com as
participações dos produtores Lenir Boldrin, Klaus Porlan e José Luiz Camacho,
que destacam os bastidores das produções musicais, lançamentos, shows, entrevistas com artistas e
agendas culturais. Ao vivo. Vai ao ar às segundas-feiras, às 20h. Duas horas de
programação. Vida longa às rádios!
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