Edição e revisão: Marsel Botelho
Foto: Carol Silqueira
Poesia e musicalidade vem no DNA dos Reis
Ser
filho de celebridade não é garantia de que se vai obter sucesso, ainda que
possa abrir portas: a estrada é longa e tortuosa (disseram os Beatles em The long and winding road). Nem por isso filhos de famosos
obrigam-se a alcançar o ápice do sucesso dos seus pais. Alguns desistem sem
sequer alcançar metade do percurso; outros insistem, e se perdem. Mas há quem
realmente nasce com o DNA musical,
caso dos irmãos Sebastião Reis e Theo Reis, filhos do construtor de sucesso, Nando
Reis. Os irmãos assinam como Dois Reis,
e estão lançando, pelo selo independente Relicário, o homônimo CD de estreia Dois Reis.
A
produção é assinada por Fernando Nunes, que, também, divide os arranjos com a
banda. A coprodução e a mixagem ficaram a cargo de Alexandre Fontanetti e a
masterização foi feita por Chris Hanzsek, em Seattle – USA, no Hanzsek Audio
Snohomish. Nas oito faixas, ouviremos
rock, folk, pop e balada. Dois Reis apresenta Sebastião Reis
(violão e voz), Theo Reis (vocal), Victor Barreto (guitarra), Rafinha Wer (bateria),
Gabriel Gariba (baixo), Pedro De Lahoz (teclado).
A
veia rock dos Reis é apresentada já nas primeiras faixas, “Abrir as portas”
(Sebastião/Theo Reis) e “Seja como for” (Nando Reis/Fernando Nunes/Sebastião
Reis). Ambas nos remetem aos nostálgicos anos 70. Os irmãos Reis assinam todas
as faixas, exceto “Seja como for”, que tem a mãozinha do orgulhoso pai, Nando
Reis, e do Guitarrista Fernando Nunes. A terceira faixa, “Se prepare” (TR), gravada
anteriormente pelo “Zafenate”, banda antiga de Theo, mais que ganha uma
releitura à cara dos Dois Reis. A
letra é meio biográfica e o refrão bate forte no “Se prepare agora”. Na sequência,
outra composição assinada pelo irmão mais velho de Sebastião: “Curva dos 30”. A
faixa revela que o menino cresceu e com ele as dúvidas, sonhos e realizações
alcançadas com a passagem do tempo. Destaque para o trombone de
William Tocalino "Bica"
O
menino do hit “O mundo é bão, Sebastião”
(Nando Reis) cresceu e se tornou compositor e músico de mão cheia. Além de
cantar bem, é dele a reflexiva “A sombra do futuro”, canção que mescla o rock vigoroso e o violão (com pegada
brasileira): “A sombra do futuro me assusta/Me distrai e destrói tantos
planos/O que esperam de mim?/O que irei fazer?/O mistério do planeta me aguarda
e eu terei de vencer...”
Na
continuação, a primeira música de trabalho a ser escolhida para ser tocada nas
rádios e programas de televisão foi a balada “Repartir” (Sebastião/Theo Reis). A composição corrobora que os meninos
fizeram a lição de casa direitinho, beberam forte na fonte Nando Reis. Com a
participação da cantora Luiza Lian, eles apresentam a bela “O sexo mais forte” (TR), cujo eu-lírico dá voz a uma
personagem feminina que enfrenta todos os percalços mundanos, mostrando sua
força.
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